A VIA DOLOROSA DE UM FINANCIAMENTO
Quando alguém está no vermelho passando uma enorme dificuldade, que precisa de dinheiro a todo custo para salvar a vida financeira ou até a mãe da morte, aceita-se juros de até 50%. É aquele momento de desespero que você procura irmão, irmã, tio, cunhado, etc., e ninguém tem ou prefere não emprestar por motivo que não vem ao caso detalhar. Depois que passa este momento, que a calmaria chega, que seus olhos estão enxutos das lágrimas e você não está mais com as escamas que te escureciam a visão na hora da loucura, vai ver que você se tornou mais um escravo do sistema financeiro, que trabalha, trabalha e só dá de pagar juros dos bancos e das financeiras. Quando você quis entrar na arapuca, tinha muitas vantagens, promessas, facilidades, cafezinho, ar condicionado, brindes e outras seduções.
Agora...só restam cobrança para seus telefones quando vem o atraso;Se não te encontram ligam para o vizinho; para o parente e outros agregados; não basta isto, cartas e mais cartas e ameaças que para não soar uma agressão dizem: "Caso já tenha pago, por gentileza desconsiderar este documento". O Banco Central da sua parte é um grande conivente com o endividamento do povo brasileiro já que prega que o cliente só deve contrair dívidas em até 30% de sua renda, mas, por outro lado, faz vista grossa para a onda crescente de financeiras que comprometem em mais de 50% a renda do trabalhador. Desse jeito um dia a bolha da dívida brasileira vai estourar em algum momento. Com base nisso identifiquei alguns aspectos a serem observados por quem está com a corda no pescoço ou está pensando em fazer isto:
1 - SER REFÉM DE FINANCIAMENTO
Anos atrás, antes da explosão das facilidades de créditos para carros financiados, o pagamento de Consórcios era muitos comum entre pessoas que se dispunham a esperar meses ou até o final de um grupo.É bom lembrar também que nestas épocas a diversidade de produtos no Brasil era limitada e a evolução de modelos e de ítens sofisticados era um luxo para poucos.
Assim, quando pensamos na compra de um carro em janeiro de 2013, para pagar em 60 meses, teremos o desgosto de ver no final do 1º semestre do mesmo ano carros melhores, com preços menores e muitas vezes taxas de juros menores também e você preso a um carro novo de ano e absoleto em tecnologia. Veja algumas dores de cabeça além do mau estar psicológico:
A - TAXAS INADEQUADAS - Cobranças de taxas inadequadas, taxa de abertura de crédito perdida se o crédito não for aprovado, vendas casadas e outros inúmeros problemas levam a muitas reclamações durante o ano todo.
B - JUROS ABUSIVOS - O maior problema enfrentado nestes tipos de contratos é causado pelos juros e outros encargos abusivos cobrados no valor das prestações, os quais muitas vezes tornam as dívidas impagáveis.
C - MULTAS - Também é comum a seguinte prática: a financeira, intencionalmente, coloca a data de vencimento da parcela entre os dias 15 e 27 do mês pois sabe que o cliente recebe sempre entre o dia 30 e o 5º dia útil. Assim, quando ocorre o vencimento da parcela, o consumidor ainda não recebeu o salário, vindo a pagá-la com alguns dias de atraso, o que facilita o endividamento, eis que sempre é cobrada com acréscimo de multas, juros e outros encargos.
D - A SEDUÇÃO DA RENEGOCIAÇÃO - O que também é comum de ocorrer são as chamadas renegociações “forçadas” de contratos de financiamento, uma situação extremamente abusiva. Este fato surge quando o banco que concede o empréstimo, vendo que terá dificuldades em cobrar o cliente devedor, propõe uma renegociação da dívida. Nesta renegociação, há um alongamento do prazo de pagamento e incidem novas taxas de juros, acrescidas de outros encargos, tudo como se o cliente estivesse fazendo um novo empréstimo.
E - DÍVIDA MULTIPLICADA - Desta forma, surge aquilo que se chama popularmente de formação de uma "bola de neve", pois a dívida não pára de aumentar, transformando os consumidores endividados em verdadeiros escravos dos bancos.
Nestes casos, há cobrança de juros sobre juros ou contagem de juros capitalizados mensalmente, algo que é proibido por lei.
Disponível em: < http://revcred.com.br/quais-sao-os-problemas-existentes-nestes-contratos > acessado dia: 27 de dezembro de 2012.
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