Estados Unidos empurra o Brasil para a guerra na Venezuela
O Brasil poderá ser usado pelos Estados Unidos para ser o estopim
inicial da invasão na Venezuela. Essa estratégia de usar os outros países para
atender os interesses dos governos americanos é antiga.
Recentemente abandonou a Síria onde apoiava
grupos rebeldes contra o governo de Bashar Al Assad e a Criméia (ambos ocupados
militarmente pela Rússia) para vir cuidar de seu quintal (Venezuela, Bolívia,
Nicarágua, Cuba e México) assediado pelo Irão, China e Rússia. Agora busca
realinhar a América latina sem a influência comunista da Ásia.
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Tanque de guerra da Venezuela enviado para a fronteira do Brasil
A decisão do governo brasileiro ao confirmar a manutenção da
suposta "ajuda humanitária" em Pacaraima (RR) nesta sexta-feira (22),
vai de encontro a estratégia de derrubada do regime bolivariano e pode virar o
bode expiatório de Nicolas Maduro para deixar um estrago antes de sua queda.
Entre Colômbia que tem 7 bases militares americanas com potencial de ataque e
defesa, melhor para o ditador venezuelano tentar puxar o Brasil para dentro do
furacão, já que tem uma das defesas antiaérea considerada fraca na América do
sul. Em contraposição, até S-300 russo (temido até por Israel na Síria) estão
posicionados na fronteira do Brasil (recado para as forças armadas
tupiniquins).
A tal "ajuda humanitária" não tem
nada de bondade como muitos pensam e até condenam o gesto de Maduro de
recusar a entrada dos caminhões estacionados na Colômbia e agora Brasil.
Trata-se como o próprio Maduro reclama de uma cilada.
Imagine 70% da população comendo qualquer
coisa (até cachorro) para sobreviver na Venezuela e saber que na fronteira tem
alimentos à espera do povo em caravana sugerida pelo presidente interino Juan
Guaidó. É aí que mora o perigo e a isca para morte; para um banho de sangue
entre o povo e o exercito que tem autorização de impedir a qualquer custo a
entrada dos alimentos e medicamentos.
Diante de uma carnificina, qual será a
atitude do Brasil, Colômbia e Estados Unidos? Qualquer decisão é diferente da
Síria que o combate se restringia ao território árabe. Sentindo-se ameaçado com
intromissão estrangeira, Maduro terá três flancos de ataque e deverá responder
à altura.
Resta ao mundo e aos Estados Unidos, esperar que os próprios
militares derrubem seu presidente que estaria dentre dos planos traçados pelo
Pentágono e Casa Branca. Caso contrário, se Rússia e China e Irã não saírem da
retaguarda, teremos um Síria às portas do Brasil. Basta que os opositores presididos por Guiadó, recebem armas da CIA e OTAN para garantir um confronto direto entre a Guarda Revolucionária Bolivariana e aqueles que lutam pela deposição do atual governo.
Um caldeirão que não pode transbordar para essa terra mãe gentil que ainda
busca sair de sua crise política e econômica e precisa se distanciar de laranjal e de fogo pesado.
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