quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A culpa da dengue é do povo?

Em dezembro, em entrevista na na TV Gazeta com o  apresentador Alan Rick, o prefeito da capital, professor Angelim, disse que o "problema da dengue estava na casa de cada um cidadão. Citou que até formadores de opinião, quando se verifica suas condições de moradia, ocorre o contraditório". Eu também concordo com nosso dirigente municipal em parte. Mas, quem criou as vinhetas de combate a dengue com o povo super instruído foi o próprio poder público. Por várias vezes me surpreendi de ver como o povo tava tão bem instruído de fazer tudo certinho conforme recomendações do Ministério da Sáude e das Secretarias de Estado e Município. Mas o que deu errado afinal? Porque o contraditório da consciência que se prevalece da natureza física? Fico a me perguntar: se o problema está em nossas casas, porque o governo insiste em pedir dinheiro pra gastar com dengue? Cadê os resultados práticos? Tenho visto o Acre a cada ano ser salvo pelo gongo do período da estiagem. Chegando o período das chuvas, dengue pra lá e prá cá. Afinal qual tem sido o papel dos agentes comunitários nesta guerra? E o fumacê que é mais fraco do que caldo de piaba? Coisa boa para o ministério público federal averiguar o padrão desta solução aplicada em vapor. No início  da aplicação, estava em Brasiléia em 2004 e numa rua que residia tudo que era de inseto morreu. Na capital, não sei por qual motivo, num vejo nem da "carapanã" vagabunda morrer. Até quando vamos ser vítimas para garantir sob riscos recursos para serem gastos com infra -estrutura? Não posso negar a importância da infra-estrutura nos bairros para a longo prazo, sanar em parte os problemas sanitários. Mas será que tá certo milhares de vidas ficarem expostas à doença e ao risco de morte para o convencimento de liberação de verbas para o nosso Estado? Prefiro que nossos governantes respondam esta.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A DENGUE: UMA HUMILHAÇÃO SEM PRECEDENTES

Na segunda feira quando fui primeira vez confirmar a suspeita da dengue, a triagem do Barral ignorou vários testes por entender que isso era “besteira”. Invenção de quem criou uma ficha tão complicada, completou a funcionária. (notei ai que eu não estava entrando numa unidade de saúde, mas no "matadouro"). Em seguida, o médico sem avaliação nenhuma passou apenas a famosa dipirona que qualquer açougueiro do bairro tendo também pode "medicar" e pediu pra eu tomar por quatro dias. Ao chegar em casa li a receita e fiz as contas das pílulas e só dava para um dia e meio (seis cápsulas de 6h/6h). Será que em tempo de crise tão fazendo contingenciamento de remédio em momento tão emergencial? Depois de tomar algumas pílulas complementares dadas pela família da namorada resolvi voltar na Unidade de Saúde Barral e desta vez fui bem atendido pela triagem com todas as etapas e o médico foi excelente, usando os instrumentos que a gente só vê dependurado no pescoço dos médicos de enfeite. Mas, desta vez o problema foi a tal de dipirona em cápsula que me levou a segunda consulta que não tinha. Ai fui até o tucumã e lá também não tinha. Agora me digam: Pode um negócio desses? Que prioridades ou planejamentos estão sendo feitos para evitar o caos de um Estado que apresenta um dos maiores índices per capitas do Brasil? O Dia “D” no Plano Nacional em anos passados parece ter se transformado em “Dia da Duplicação” de casos ano a ano. E, ao verificar os boletins do Estado, percebe-se que de fato somos apenas números (estatísticas) que não revelam o sofrimento, as seqüelas, os prejuízos de quem contrai a dengue. Nosso conjunto habitacional nem aparece. Assim meus amigos e parentes e vizinhos que ficaram doentes não representam nada. Eu por exemplo, se entender que só entro nas estatísticas se fizesse os exames comprobatórios, fiquei de fora. Assim ajudei a “camuflar” a realidade dos dados involuntariamente. Fui duas vezes, pedir ajuda e tratado com sintomas da dengue, mas evitaram as etapas conclusivas. (http://www.agencia.ac.gov.br/images/stories/downloads/boletim_sem_15.pdf)
E nem dizem o que a gente tem. O “mistério” é total. Mas, a vida continua. Hoje acordei no quinto dia de dengue. Nem acredito que depois que esse trauma e pestilência assolou nossa residência em 2004 voltou a fazer estragos na redondeza. O que não entendo enquanto ardo em febre é porque nós acrianos "sabemos fazer tudo certinho", conforme demonstra a mídia e ainda assim a gente é surpreendida pela famigerada dengue. (Me faz concordar com o link http://www.linkk.com.br/story.php?title=Dengue_o_nome_do_mosquito: Parece uma das dez pragas do Egito. Aliás, até pelo nome científico do mosquito transmissor: Aedes Aegypti, Casa do Egito). Se sabemos colocar areia nos vasos de flores quando tem; emborcamos latas velhas ou são perfuradas pelos agentes estas existem (são sempre jogadas no lixo); não deixamos vasilhas com a tampa aberta quando podemos ter e ainda recebemos periodicamente os agentes em nossas casas... então aonde está o erro? A gente continua ano a ano sendo vítima desse inimigo invisível (afinal poucos são os que conseguem matar seu verdadeiro algoz no ato da picada)? E o debate sobre a infra-estrutura? Estão fazendo pouco para tanto que vem todos os anos para o combate da dengue. Ao invés de reduzir estão é nutrindo a manutenção e até aumento dos índices. E mais, se tivessem interessado na infra-estrutura atenderiam ao clamor do povo que vive com água em suas portas. Ah! alguém vai me dizer que o problemas de quem está na baixada é estrutural e que este está em zona não regularizada pela prefeitura, digo: e como fica quem mora na região alta do Distrito Industrial como eu que tenho insistido para o poder público municipal consertar seus desastres de drenagem que fica bom para uns e cria problema para outros. Desde 2008 que me prometem e nada. Agora já é tarde. Fiz o que pude para fugir da dengue mais não deu. O poder público foi surdo pra mim e para milhares de cidadãos rio-branquenses que nem tiveram tempo de identificar suas fragilidades.
Só de caramujo africano a gente perdeu a conta de quantos quilos recolhemos e destruímos com sal de um quintal de apenas 10,5x25. É bom que fique bem claro que meu terreno nunca teve esse problema de drenagem. Anos atrás com serviços de pavimentação e drenagem no rui Lino e Jardim Brasil acabaram com a gente. Agora é água no quintal o tempo todo e a tampa do ralo sempre com uma lâmina d’água que não escoa. Que presente de grego que ganhei. Passei muito tempo esperando. Adoeci sem ninguém responder minha angústia. Agora isso não vai ficar impune não. Vou lutar para que o discurso falso do poder público de “borrifar perfume em mosquito” passe para uma fase séria. De melhoria das condições das moradias e do padrão de vida do povo da periferia.
Ei! Será que a gente vai ficar assistindo inertes às frases da propaganda estatal sem dizer nada? Em uma dela podemos ouvir: "Eu já fiz minha parte, num sei se vizinho está fazendo". O aparato governamental está transferindo sua culpa pra cima dos nossos lombos. Cada um vai se tornado vítima e a culpa com olhar desconfiado é para o vizinho que não fez sua parte. Ora o poder público atribui ao clima a culpa e outras vezes à própria população como sempre. (http://www.ac24horas.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=3471), conforme o próprio Ministro da Saúde declarou no Jornal o Globo dia 05/03/2009. A dengue talvez funcione como o maior oposicionista "oculto" ao governo. Afinal, desnuda as “práticas de coronéis à moda nordestina” de maquiar o físico. Eu num quero tomar o lugar oposicionista deste mosquito porque afinal de contas ele não acompanha a tendência da política. Porém não posso dizer que ele é apolítico, afinal ele só se desenvolve bem onde as políticas públicas foram ausentes na essência do problema. Enquanto isso, homens e mulheres com estaturas diferenciadas estão se prostrando involuntariamente de forma humilhante por culpa daqueles falam muito, mas desviam o assunto rápido. Eita alagação trágica pra “vir numa boa hora” pra mudar de assunto hein! E o povo ó!!!!!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Madeira: Un regalo para los hermanos peruanos em cantidad

13 de março de 2009.
http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=80179&idLingua=1

Eu não sei de quem devo ter maior indignação. Se pelos Peruanos que furtam madeira no Brasil; ou pelas ONG´S que pesquisam na região e foram "omissas"; a comunidade local que assistiu essa depenação “inertes” por tanto tempo; ou o governo brasileiro que não tem uma política séria de cobertura das áreas de conservação ambiental; o governo do Estado que defende a “Florestania” e deveria cuidar de seu território não o fez a tempo. E, para que tanta legislação ambiental se não há um orçamento sério pra resguardar nosso patrimônio? Quando tem pessoal falta combustível; quando tem combustível faltam veículos e assim por diante. E quando vão ao local como fizeram anos atrás destruíram 9400 metros cúbicos de madeira de lei porque as dificuldades eram mais favoráveis geograficamente para os peruanos do que para os brasileiros. Que dilema hein! Quem tem razão? O que derrubou ilegalmente ou aquele que perfurou as toras de madeiras em várias partes em nome da lei para evitar o aproveitamento por parte dos traficantes de madeira? Pra que o Estado e suas ONG`S tem falado tanto na Serra do Divisor e deixaram ocorrer inúmeras pilhagens? Os povos de vários recantos do Acre sofrem privações do uso da terra e de seus recursos, sendo penalizados com multas e humilhações para os estrangeiros virem “roubar”. Sempre achamos que conservar demais era guardar para os americanos, mas nunca pensei que ia ver isso acontecer tão escancaradamente por peruanos no nosso bigode. Isso é resultado do Programa de Desenvolvimento "Sustentando" os outros. Se a madeira fosse o único caso eu até iria falar pouco, mas ela é apenas uma ponta do iceberg do "entreguismo" iniciado na formação econômica brasileira que agora mais uma vez se repete por estas bandas. Salvem a Amazônia dos gatunos pelo amor de Deus! (mas nada de tirar da boca do lobo mau e jogar na boca do leão)

domingo, 19 de abril de 2009

O Brasil deve pagar pelo rombo feito pelos europeus na América Latina no passado?

Acho que nós brasileiros estamos vivendo um momento cauteloso no Cone Sul. Nas discussões acaloradas de faculdade houve sempre pedras para as “metrópoles” colonizadoras da Europa e a culpa pelo nosso atraso econômico, político, social e cultural. Primeiro Portugal, Inglaterra até sua transferência para o “Tio Sam” da América do Norte. Com todas as críticas da forma como o Brasil está tendo o seu “crescimento econômico” (embora lento em relação aos demais países emergentes), hoje já somos vistos com outros olhos pelas grandes potências e os investidores externos. Criaram até uma sigla para os países candidatos a uma vaga no seleto grupo dos ricos que dominam as diretrizes da economia mundial (BRIC) e a própria inserção dos mesmos no Grupo dos 20. E, querendo ou não, pelos acordos e aquisições de ações de empresas estatais por multinacionais nos tornamos um escritório com gerência imperial dos grandes. Existe uma publicação na Revista Veja, de alguns anos atrás que os brasileiros são donos de boa fatia de investimentos nos países vizinhos. Ou seja, imaginem na cabeça de inimigos de conflitos armados do passado ou até de perda de possessões pela diplomacia brasileira ter que engolir nossa gente ganhando “dinheiro fácil” pelo capital acumulado de suas gigantes empresas com status de transnacionais nas mãos e ainda subordinando esses povos com salários da localidade que só reproduz esse capital? Na Bolívia os grandes investimentos em agronegócios são de brasileiros; No Uruguai grandes fazendeiros; A Petrobrás dentro da Argentina, Bolívia e vários outros países do mundo pobre e rico (ver site da Petrobras). Será que agora as gentes num tá sendo pixado como alguns colegas postam em seus blogs como o primo rico e o primo pobre? Mas até que ponto é válido quebrar contratos internacionais? Revisar contratos irregulares só vale agora depois de centenários na espoliação dos países ricos sobre nos? Vamos nos acomodar de continuar a roer osso? Se devemos ajudar “los hermanos” sem problemas, mas por favor sem apelações populistas com meia sola de marxismo. Daqui a pouco o Barão de Rio Branco terá que ressuscitar para rediscutir os limites territoriais do Brasil. Teremos que ir buscar os ossos de General Plácido de Castro que lutou no Acre para advogar os motivos de sua guerra e pagarmos corrigidos os 2 milhões de libras esterlinas e refazer a estrada de ferro Madeira Mamoré. “De uma coisa estou convencido: nunca na história deste país houve um presidente com sua diplomacia tão fraca como este.” No ensaio de conflito entre Colômbia e Equador o Brasil como conciliador praticamente não valeu de nada. Eu tenho tido raiva à toa com as decisões de paizão Brasil. Mas não adianta de nada. A cada episódio novo um bravata do presidente (como a “marolinha” da crise mundial) mas logo em seguida sede aos apelos de miseráveis. É bom que se diga que nos casos: Paraguai, Bolívia e Equador que também deu canelada na Petrobrás têm um sangue muito forte dos primitivos. E como se sabe eles (parte andina) não gostam de trabalhar. Gostam de pegar o que já está pronto na selva nativa ou de “selva de pedra”. Querem então usufruir de nossa selva de pedra só no papo. Na Bolívia é bem comum um brasileiro depois de constituir patrimônio um boliviano se valer de sua legislação fraca e se apoderar da riqueza deste. Na fronteira isso é muito comum (regional do Alto Acre – Brasil). E agora tendo um líder no poder tudo ficou mais fácil para a prática escabrosa oficial e extra-oficial. Até quando vamos ficar tolerando esses tiranos insurgir contra nossa nação? Uma coisa é certa: o Brasil faz pose de rico antes mesmo de terminar de remendar os rombos estruturais de sua economia e da condição social de seu povo. Se você ajuda antes mesmo de se estabelecer e se estabilizar como pode criar resistência. Quem dá muita esmola nada tem.
http://www.visaopanoramica.com/2008/04/23/pobreza-inaptidao-e-o-imperialismo-tupiniquim/ (adaptado do original escrito pelo mesmo autor)

O FRANGO QUE DEIXOU DE CRESCER

Não posso nem comemorar um megainvestimento deste. É como se eu imaginasse que no na fase pré-industrial da Inglaterra que o artesão era senhor de seus dotes como tecelão e que após descobrir novas técnicas que acelerariam o processo resolvesse ao invés de Revolucionar com a indústria de tecelagem que era sua maior experiência, iniciasse com a fabricação de enlatados de baleia. Assim é o que tem feito as políticas públicas do modelo sustentável – “Florestania”. Primeiro gera o elefante (escolha sua cor preferia) e depois quer que o cidadão comum do campo, desprovido de experiência (não estou aqui me referindo a cursos institucionais) prática seja o domador. Já concluímos a quarta etapa do projeto, com a promessa que de atingir um abate médio de 15 mil cabeças dia e já nota-se um corre, corre para evitar a falência do projeto mal planejado. Fizeram tudo bonitinho para fotografia dos jornais, mas esqueceram de prover muitos dos colonos com as matrizes que até hoje estão com seus galpões vazios a espera das promessas governamentais. Esqueceram também que a abertura de mercado não pode ser apenas falácia. Como pode o mercado ser receptivo para um produto que não consegue ser competitivo para os frangos do Centro Sul. Ao que tudo parece esse empreendimento também não gosta de marketing para enfrentar os concorrentes. Agora, gente que nunca viu um pé de pinto e agora está sendo convidado para arcar com participar maior nos negócios para segundo eles não permitirem a indústria fechar. Coisas deste tipo e que nos fazem desacreditar neste modelo adotado por um governo e seu antecessor que não valorizam o setor produtivo. Exemplos não faltam, mas aqui quero me ater somente ao "pinto" que está com gogo antes mesmo de atingir a maturidade. Que pena que agora querem transferir a culpa para o pequeno agricultor ou tentar compartilhar a culpa. Assim não dá. Cuidado com a "frangolonga” (frango com pimenta longa). Sucesso no empreendimento!