sexta-feira, 6 de setembro de 2013

FICH SOLD BY CHINA

PEIXE DA CHINA




Esta semana ao visitar a seção de congelados de um supermercado da Capital, vi um pacotes de filé de peixe marinho por R$ 10,00 (dez reais o quilo) chamado de Polaca do Alasca Costeiro e levei pra provar. fiquei imaginando que até mandim estão querendo vender por R$ 12,00 o kg. E qualquer peixe que se compra, pagamos o preço bruto pra depois o tratador fazer a limpeza das escamas e das entranhas do pescado. Somado a isto, a carcaça óssea do peixe reduz ainda o percentual de alimento a ser consumido.
Depois de fazer um delicioso prato, verifiquei que custo do filé vale a pena. Tem um aroma de sardinha e muito bom pra fazer muqueca. 
Mas, deixando de lado a culinária, percebi que este peixe é da indústria pesqueira chinesa, na costa do Alasca, que até pensei que era da indústria canadense ou americana pela proximidade e vendida para vários lugares do mundo. E no Brasil, embalado por uma empresa de Santa Catarina. Esse é o mundo globalizado que vamos conhecendo aos poucos, que vai dos produtos metálicos, emborrachados, sintéticos e agora até o peixe que está em ascendência no prato de muitos brasileiros.
Por outro  lado, ao ver o governo do estado investir em psicultura para ser um grande fornecedor de pescado nacional, deve-se ter cautela com a perigosa  concorrência chinesa. Não vai ser a vida toda que os produtos acrianos terão apoio e subsídio governamental para suportar a pressão de um gigante.
Se a polaca do Alasca decolar no mercado local, poderá causar frustração no pequenos, médios e grandes produtores regionais que apostam numa nova classe média do campo.
O certo é que sendo de Rio Branco ou das cidades adjacentes do Baixo Acre, precisamos é de peixe barato para se contrapor com o valor da carne bovina e de frango que já está saturado nas mesas dos acrianos e por que não dizer dos brasileiros. Vai uma Polaca ao molho? (rs)

2 comentários:

  1. Dando uma navegada na net encontrei o blog do amigo.
    Bom já fui criador de peixe e o que continua elevendo os preços é o custo da ração, no final não temos lucros e trabalhar no empate não dá.
    Um abraço do amigo.
    Raimundo Nonato "Tim".

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  2. É uma satisfação enorme poder compartilhar com o amigo idéia de nosso cotidiano. A cultura do acriano genuíno de trabalhar com culturas de baixa rentabilidade a curto prazo e com a necessidade de trabalhar em grande escala para ganhar alguma coisa, ainda é um processo longo. Quem tem acompanhado bem esta trasição são os "sulistas" ora médio produtores ou fazendeiros de produção diversificada. Tanto peixes, como frangos e até mesmo o leite ainda é uma pedra no sapato do pequeno produtor. Para as empresas os resultados são satisfatórios dado a grande margem de lucro, mas para os pequenos ainda precisam se adaptar a cultura do agronegócio. Em todo caso, torço pra que der certo. Tudo que contribuir para reduzir o desemprego e a desconfiança de mercado, só contribui para o bem estar de nosso povo.

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Muito obrigado pelo seu interesse de trocar idéias comigo.