domingo, 19 de abril de 2009

O Brasil deve pagar pelo rombo feito pelos europeus na América Latina no passado?

Acho que nós brasileiros estamos vivendo um momento cauteloso no Cone Sul. Nas discussões acaloradas de faculdade houve sempre pedras para as “metrópoles” colonizadoras da Europa e a culpa pelo nosso atraso econômico, político, social e cultural. Primeiro Portugal, Inglaterra até sua transferência para o “Tio Sam” da América do Norte. Com todas as críticas da forma como o Brasil está tendo o seu “crescimento econômico” (embora lento em relação aos demais países emergentes), hoje já somos vistos com outros olhos pelas grandes potências e os investidores externos. Criaram até uma sigla para os países candidatos a uma vaga no seleto grupo dos ricos que dominam as diretrizes da economia mundial (BRIC) e a própria inserção dos mesmos no Grupo dos 20. E, querendo ou não, pelos acordos e aquisições de ações de empresas estatais por multinacionais nos tornamos um escritório com gerência imperial dos grandes. Existe uma publicação na Revista Veja, de alguns anos atrás que os brasileiros são donos de boa fatia de investimentos nos países vizinhos. Ou seja, imaginem na cabeça de inimigos de conflitos armados do passado ou até de perda de possessões pela diplomacia brasileira ter que engolir nossa gente ganhando “dinheiro fácil” pelo capital acumulado de suas gigantes empresas com status de transnacionais nas mãos e ainda subordinando esses povos com salários da localidade que só reproduz esse capital? Na Bolívia os grandes investimentos em agronegócios são de brasileiros; No Uruguai grandes fazendeiros; A Petrobrás dentro da Argentina, Bolívia e vários outros países do mundo pobre e rico (ver site da Petrobras). Será que agora as gentes num tá sendo pixado como alguns colegas postam em seus blogs como o primo rico e o primo pobre? Mas até que ponto é válido quebrar contratos internacionais? Revisar contratos irregulares só vale agora depois de centenários na espoliação dos países ricos sobre nos? Vamos nos acomodar de continuar a roer osso? Se devemos ajudar “los hermanos” sem problemas, mas por favor sem apelações populistas com meia sola de marxismo. Daqui a pouco o Barão de Rio Branco terá que ressuscitar para rediscutir os limites territoriais do Brasil. Teremos que ir buscar os ossos de General Plácido de Castro que lutou no Acre para advogar os motivos de sua guerra e pagarmos corrigidos os 2 milhões de libras esterlinas e refazer a estrada de ferro Madeira Mamoré. “De uma coisa estou convencido: nunca na história deste país houve um presidente com sua diplomacia tão fraca como este.” No ensaio de conflito entre Colômbia e Equador o Brasil como conciliador praticamente não valeu de nada. Eu tenho tido raiva à toa com as decisões de paizão Brasil. Mas não adianta de nada. A cada episódio novo um bravata do presidente (como a “marolinha” da crise mundial) mas logo em seguida sede aos apelos de miseráveis. É bom que se diga que nos casos: Paraguai, Bolívia e Equador que também deu canelada na Petrobrás têm um sangue muito forte dos primitivos. E como se sabe eles (parte andina) não gostam de trabalhar. Gostam de pegar o que já está pronto na selva nativa ou de “selva de pedra”. Querem então usufruir de nossa selva de pedra só no papo. Na Bolívia é bem comum um brasileiro depois de constituir patrimônio um boliviano se valer de sua legislação fraca e se apoderar da riqueza deste. Na fronteira isso é muito comum (regional do Alto Acre – Brasil). E agora tendo um líder no poder tudo ficou mais fácil para a prática escabrosa oficial e extra-oficial. Até quando vamos ficar tolerando esses tiranos insurgir contra nossa nação? Uma coisa é certa: o Brasil faz pose de rico antes mesmo de terminar de remendar os rombos estruturais de sua economia e da condição social de seu povo. Se você ajuda antes mesmo de se estabelecer e se estabilizar como pode criar resistência. Quem dá muita esmola nada tem.
http://www.visaopanoramica.com/2008/04/23/pobreza-inaptidao-e-o-imperialismo-tupiniquim/ (adaptado do original escrito pelo mesmo autor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo seu interesse de trocar idéias comigo.