sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SPIDER MONKEY AND THE GAME OF RACISM

ARANHA E MACACO NO JOGO DO RACISMO

Esse trocadinho no mundo dos humanos não deu certo dia 28 de agosto pelo primeiro jogo válido pela Copa do Brasil entre Santos e Grêmio. No mundo animal são animais distintos e que nem coabitam juntos como acontece com alguns roedores e ofídios. A única aproximação se dá apenas por nome que une duas espécies em uma para designar o nome do "macaco aranha" ou "aranha macaco". Mas, tratando sobre o episódio entre o goleiro e a torcida do grêmio, está mais do que claro (leitura labial) nas imagens a agressão da moça contra o goleiro. Contudo, ouvindo sua entrevista no fantástico fiquei pensativo:
Fantástico: Você já tinha passado por essa situação?
Aranha: Centenas e milhares de vezes. No futebol isso infelizmente é normal. (
Então concluo: porque foi omisso em não ter denunciado milhares de vezes? Os focos de todos os jogos estão a favor do jogador...
Porque no jogo do Grêmio? Ele pensou nas agressões sofridas ou escolheu o “cenário ideal” na terra dos brancos? Não poderia ter sido no eixo futebolístico Rio São Paulo? Ou descarregar a fúria tem um sabor mais gostoso na terra dos imigrantes? O goleiro pensou nele ou na competição que é eliminatória?
Não sou a favor de racismo, já que eu seria um prejudicado com um apartheid ao modelo africano e americano, mas sou papagaio de pirata pra repetir tudo que a imprensa reproduz pra mim.
Se houvesse preocupação com o racismo, de fato do poder público os presidiários negros que superlotam as cadeia com penas já vencidas já teriam sido resolvidas. Se houvesse de fato a preocupação com isso há mais tempo não teria sido necessário a cotização de vagas nas universidades para a inserção do negro. Se o poder público tivesse a preocupação mesmo com a segregação disfarçada, já teriam tomado outras medidas cautelares contra si mesmo que é o principal responsável pela marginalidade da sociedade dos negros que ficam com as sobras e que sempre carrega o estereótipo de coisa ruim. "É sempre um potencial suspeito de alguma coisa. Também não sou a favor do radicalismo dos movimentos que querem recuperar séculos de opressão em décadas à custa do "linchamento público" dos réus do racismo. Não vai ser com o enfrentamento de um povo miscigenado que se vai resolvido o problema nem ouvindo rap, como diz o goleiro para aprender a lidar com o problemas, pois com ressalvas, este gênero como tantos outros só alimenta o ódio e o revanchismo. Repito: há séculos somos massa de manobra dos interesse econômicos de cada ciclo deste país, mas mesmo assim estamos no século XXI e precisamos ser mais civilizados. A época da selvageria já passou. Se a sociedade não procurar trabalhar isso nas escolas de verdade desde as séries iniciais, vai ter sempre uma dentista na vida pra ofender alguém nos estádios, na padaria, no açougue e em qualquer lugar. Deve entender que o racismo e preconceito estão no coração das pessoas. E o que sai da boca é apenas um reflexo do quanto o coração de muitos é mal. No entanto o que sai da boca de alguns irresponsáveis, nada se compara ao racismo silencioso que é extremamente excludente nas relações sociais. É neste silêncio que as vagas de trabalho ainda são para os brancos, ainda que aparentemente, pregue-se a igualdade de condições para todos. É neste silêncio que os empregadores ainda adotam a beleza como requisito mínimo para a vaga, que preferem os olhos azuis e cabelos loiros em detrimento do "cabelo bucha."
Será que só quem tem voz e pode ser visto como vítimas são jogadores e astros da televisão? E os outros? Esta execração pública vai resolver o problema nos estádios? Tudo indica que não. Basta olhar para o povo supostamente educado, de bom nível cultural como os europeus que vivem jogando bananas para os jogadores imigrantes. O racismo não é do futebol, apenas os racistas encubados num encontro de massas, deixa escapulir em seus lábios o que está no coração e mostra do que a sociedade está permeada em seus diferentes ambientes.

Enfim, o futebol nem deveria ser referência para esta causa já que diariamente as pessoas se ofendem pelos seus times de forma irracional. (Os juízes e mães de juízes que o diga). Macaco é a coisa mais branda que se tem numa discussão de torcedores fanáticos e não vai ser agora que vai ser resolvido. Infelizmente ainda vamos ter muitas aranhas e macacos pela frente para ter com os tribunais mundo afora.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo seu interesse de trocar idéias comigo.