sexta-feira, 25 de outubro de 2013

MEMBERS OF ACRE AND TAXI DRIVERS: A TRIP THAT REVEALS THE LEGISLATURE FAILURES OVER THE YEARS.

DEPUTADOS DO ACRE E TAXISTAS:UM TROPEÇO QUE REVELA FALHAS DO LEGISLATIVO AO LONGO DOS ANOS.

É muito revoltante uma lei ser aprovado no legislativo que prejudica uma categoria que trabalha incessantemente, de domingo a domingo com sol ou chuva “sem ser percebida” pelos deputados. Estes que são para “legislar em favor do povo” ou serem “guardiões” do interesse comum da sociedade.

É muito cômodo adotar o “discurso irresponsável” do ex-presidente: “não vi, não sei de nada e num falo nada!” do que assumir um ônus político tão caro como este perante a categoria.
São trabalhadores que a família desfruta pouco, pois vivem mais na estrada ou compartilhando hospedarias com colegas na capital do que no seio de sua família, muitas vezes comendo e dormindo mau.

Mesmo sem ler não tem ninguém que diga do que se trata a matéria? Onde estão os assessores? Qual o papel dos Secretários da Mesa? E as Comissões não tem o papel de informar o conteúdo da matéria? E o Presidente da Casa? E o Regimento Interno que define o regime de votação?

Cada erro deste representa tirar dezenas de pessoas de sua rotina normal para tentar resolver um problema criado por terceiros. Imagina o prejuízo para os representantes da categoria e outros que acompanham a causa para evitar o pior.

Depois da reclamação e criticas dos  taxistas do interior que trabalham no sistema de lotação, os deputados estaduais se preparam para modificar os artigos 84 e 85 da lei 2.731 que determina o fim dos táxis lotação.

A maioria dos deputados que conversamos afirmou que desconhecia essa parte da lei. As desculpas foram varias: “estava viajando na época”, “passei batido, mas, ainda há tempo de mudar” entre outras variações.

Outro ponto a ser observado:
Se os deputados verdadeiramente não sabiam do conteúdo do projeto e admitem que estes são levados para apreciação da Casa “em cima da hora”; “votados sem debate” sem saberem do que se trata a fundo, o que dizer disto.

Esse fato que mexeu com os taxistas só revela uma falha do legislativo local e nacional. Basta assistir uma sessão no Acre ou em qualquer lugar do Brasil que a maioria quer falar mas não quer ouvir. Ou seja, com raras exceções, tem alguém prestando atenção para o que orador na tribuna fala. É deputado ou senador no telefone, notebook, tablet, jornais, revistas ou conversando.

Enquanto isso, matérias que vão mexer com a vida de toda sociedade estão sendo debatidas ou às vezes não, como ocorreu aqui e a galera vota pra cumprir a “ordem do dia”.

A verdade é que os projetos chegam em cima da hora e são votados sem nenhum debate, nós cumprimos nosso dever diariamente aqui, o que precisamos é de mais tempo para saber o que estamos votando” complementou. (Walter Prado)

Agora os deputados correm como bombeiros atrás de apagar um grande incêndio em palha seca e ainda dizem que graças ao governador que entendeu o problema (...)

Um governante que seja, cercado de tantos assessores e técnicos não sabe o impacto de  uma medida tomada em forma de lei?

E para piorar o cenário, esse dilema vai perdurar ainda até 2015. Ou seja: aos taxistas resta assistir a copa do mundo e votar no final do ano no redentor da causa e esperar com ansiedade o que vai mudar substancialmente na  lei. Veja que ela não foi refutas, mas foi jogada pra frente pós-eleição para fazer alguns ajustes.

De acordo com Éber, o governador entendeu que a lei seria prejudicial não somente aos taxistas, mas aos toyoteiros e proprietários de lotações. “Graças a Deus o governador entendeu 

que a lei não teria aplicabilidade. Era este o sentimento que faltava, por isso, ele anunciou que vai suspender a sua aplicação por dois anos para que a Aleac possa ampliar os debates sobre a matéria”, relatou.

Quando vejo um deputado em seu pronunciamento dizer que congelar o projeto e postergar por dois anos é uma “prova de sensibilidade”, é um equívoco sem tamanho. Prova de sensibilidade era nem ter mexido no que estavam quieto e pronto!

“Nós estamos tratando de uma categoria que tem um papel fundamental em nosso Estado. Essa decisão do governador Tião Viana é uma prova de sua sensibilidade e do seu compromisso com nossa população. Estamos estendendo as mãos e garantindo o apoio necessário aos nossos taxistas, que trabalham para garantir o sustento de suas famílias”, destacou.

A decisão do deputado Chagas de não votar mais em matérias urgentes pode ter até seus méritos,mas não revoga todas as vezes que provavelmente votou junto com os demais em matérias que o conteúdo não foi exaustivamente estudado e debatido.

Bem como, não há uma decisão coletiva de tomar a mesmo posicionamento. Então os demais, especialmente os da situação vão continuar a proceder da mesma maneira?

A educação então é que se cuide que a qualquer momento o governo terá que encaminhar proposta de revisão do PCCR e vão dizer que não sabiam que ia prejudicar a categoria da educação?

Chagas adiantou que também não vai votar matérias que vierem para votação em regime de urgência urgentíssima, pois entende que este dispositivo não retira a obrigatoriedade do trâmite das matérias pelas comissões. “Retira o direito de pedido de prazo ou vistas, mas o trâmite pelas comissões é necessário”, afirmou.

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