sábado, 22 de abril de 2017

MORADORES DE BRASILÉIA PLANEJAM COLETAR MILHARES DE ASSINATURAS PARA EXIGIR ÔNIBUS COLETIVO

Cleilton Pessoa
22 de abril de 2017


Está circulando um debate da população de Brasiléia e Epitaciolância sobre as distâncias que estão ficando cada vez maiores para determinados trechos. Um deles se refere ao Curso de Matemática que funciona no Campus da UFAC, cerca de 8 km do centro da cidade. E imaginem quando passarem a funcionar 4 cursos técnicos para atender a demanda da indústria de Avicultura e Suinocultura.
Alguns pontuam ainda que as autoridades deveriam começar a se mobilizar para viabilizar ônibus coletivos para atender os pacientes do Hospital de Clínica Regional quando este for concluído. Esse debate foi acompanhado na sexta feira 21, quando a funcionária pública, Raquel Bronzeado, 42, publicou um post em rede social questionando sobre a falta de transporte coletivo em Brasiléia e Epitaciolândia.  "Tendo em vista o tamanho da população dos municípios e a ampliação do “sítio urbano, já tentamos acordos com alguns políticos pra entrarem pelo menos com uma contrapartida de um veículo particular, mas nada conseguimos,” reclama Bronzeado.      
De encontro aos cometários, Elaine Silva, 44, Engenheira Florestal, lamentou a inviabilidade do cidadão de se socorrer com ônibus de empresários locais que fazem frete de turistas porque o preço é muito elevado. E mostra sua insatisfação com a falta de apoio do poder legislativo, executivo que não demonstra interesse em abraçar a causa. “Já apresentamos várias propostas alternativas e não obtivemos apoio de ninguém. Até de pagar todas as despesas incluindo motorista e combustível. Nem a prefeitura que tentei uma reunião para discutirmos isso nos deram ouvidos. Estou esperando resposta até agora. Essa falta de respeito para com a população está fazendo amadurecer a coleta de milhares de assinatura em um grande abaixo assinado” finalizou Silva.
Por fim, Charles Júnior, 28, lamenta saber que as duas cidades juntas somam mais de 50 mil habitantes e vivem sem transporte coletivo, tornando as pessoas dependentes de carona ou mesmo de pagamento de transporte para não perderem aula. “As prefeituras são indiferentes a esta situação. “Existem milhares de pessoas de baixa renda que precisam diariamente de um transporte digno, pois nem sempre possuem condições de pagar um taxi ou Moto Taxi e em alguns casos as condições físicas não permitem o mesmo andar de moto taxi. Temos que fazer valer a Lei nº 12.816 de 2013 que diz que o ônibus escolar pode ser usado por universitários desde que não haja prejuízo às finalidades do apoio concedido pela União, cobrou Júnior.  
O fato é que em Brasiléia já teve linha de ônibus no passado, quando a população era bem menor e as vias públicas da periferia eram sem infraestrutura.
Por conta de busca alternativa de transporte, vale lembrar o emblemático embate  e conflito de taxistas motorizados contra os mototaxistas em Brasiléia e Epitaciolância no passado.
Agora os interessados que garantiram ir atrás de um diálogo têm pela frente um desafio espinhoso, que envolve os meios de transportes já estabilizados. Cabe aos prefeitos tentarem trabalhar em conjunto para encontrar uma soluçao.
Por telefone a prefeita Fernanda Hassem, disse não ter conhecimento desse reclamo por parte dos universitários,  mas mostrou-se disposta a intermediar uma conversa com os agentes da "suposta solicitação" de agendamento. "Tenho procurado dialogar com todas as categorias, sobretudo da educação. Ainda em janeiro conversei com os universitários de pedagogia e prontamente a prefeitura atendeu a demanda e articulei com os prefeitos da regional," declarou Hassem.
Já o prefeito de Epitaciolandia, Tião Flores reforçou a importância de ouvir o clamor da sociedade e buscar uma saída que a grande maioria possa ser contemplada. "Estamos à disposição para qualquer tipo de debate, que tenha como objetivo trazer benefícios para a coletividade, basta agendar a data com antecedência," conclui Flores. 

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