terça-feira, 14 de julho de 2015

A ELITE DA EDUCAÇÃO NO ACRE BARRA NOVAS CONQUISTAS

A "ELITE DA EDUCAÇÃO" PRECISA DESMAMAR DO GOVERNO

Em 2013, uma das maiores mobilizações da educação puxadas pelos sindicatos (que depois amarelaram), e prosseguida pela massa dos professores coordenada pelo Movimento Acorda Educação, deixou uma lição na época: “Não se faz mais greve da educação como nas décadas anteriores”. E não é porque é uma nova geração que dirige estes movimentos não! “São os mesmos guerreiros” que se gabam de terem apanhado na década de 80, que baixaram a guarda e se “acovardaram” da luta. Será que sindicalismo só funciona no Brasil quando o PT ou outros "partidos de esquerda" estão fora do poder? Se a dita esquerda ficar no poder 50 anos, será anestesia por meia década? Não é a toa que o povo está tomando a iniciativa de ir as ruas ainda que taxada de “coxinha” para reivindicar seus direitos. Senão ficamos vendo os movimentos sociais apenas presos à burocracia de gabinetes.

Ainda sobre as greves, não podemos esquecer que o episódio de 2013, que provocou um grande racha na categoria por divergências dos dois grandes sindicatos da categoria que queriam a todo custo encerrar a greve e dar ouvidos ao discurso governamental. Algo que desgastou e desmoralizou os sindicatos no período. Naquele episódio o governo teve duas vitórias importantes:

1.  NÃO ATENDEU TODAS AS REIVINDICAÇÕES DA PAUTA NO PERÍODO REQUERIDO E,
2. DESMOBILIZOU/DESMOTIVOU A MAIOR PARTE DA CATEGORIA DA EDUCAÇÃO PARA FUTURAS GREVES. E NÃO ESTAMOS FALANDO DE QUALQUER TRABALHADOR. SÃO OS FORMADORES DE OPINIÃO QUE DESISTIRAM DE LUTAR.

E, para piorar, ouve-se muito nas rodas de conversas que os professores são uma categoria desunida. Em parte sim, não porque discorde da greve, mas por estar diretamente ou indiretamente envolvido por favores dentro do governo ou é temeroso de ser punido em sua gestão com a virada de costas da Secretaria para sua escola ou medo de ter a interferência da Secretaria na possível reeleição.

É bom lembrar que já estamos caminhando para 20 anos de governo do PT no Acre e diante das alianças, e necessidade de perpetuação no poder, muitos “sacrifícios” são feitos para agradar os “amigos do poder”, ao mesmo tempo em que vícios se instalam e as tetas do Estado ficam pequenas para tanta gente.

Quantos colegas que você conhece ao longo do tempo que lutavam do nosso lado foram cooptados pelo sistema? Quantos pela governabilidade de suas unidades de ensino se submeteram a filiação ao partido? Quantos educadores têm cargos comissionados para seus parentes?

Lamentavelmente hoje temos uma "elite da educação que esqueceu suas bases. Que nem ajuda na greve e ainda procura atrapalhar o quanto pode para sustentar seus próprios interesses. Talvez estes seja um dos maiores problemas.

Acima de qualquer coisa pela unidade da categoria e para um embate coeso nas ruas é preciso ser quebrado esse ciclo do sistema por inteiro para desmamar todo mundo pra voltarem a lutar novamente com os “chinelos” da humildade. Enquanto houver atrelamento de professores, diretores, coordenadores e funcionários ao sistema, dificilmente obteremos sucesso em número e em demandas.

Essa “teta gorda” de “leite ninho” que muitos mamam hoje cria uma paralisa em cada escola que não ajuda ninguém. São pessoas que estão preocupadas em se manter na gestão. Grupos que estão preocupados não com o desenrolar da greve para uma conquista, mas que a mesma não atrapalhe suas viagens de férias. Enquanto tivermos esse tipo de mentalidade, estaremos sempre sujeitos a humilhações, menosprezo e desmoralização. Como pode uma categoria tão grande e ao mesmo tempo tão pequena? ACORDA EDUCAÇÃO!!

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