segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ACRE OF RIVER FLOOD - BRAZIL AND THE DILEMMA OF HOMELESS


A ENCHENTE DO RIO ACRE E O DILEMA DOS DESABRIGADOS

Todos os anos de janeiro a fevereiro os assuntos mais badalados da mídia do Acre são: dengue, alagação, carnaval, compra de material escolar, início das aulas, reajuste das mensalidades de escolas particulares, IPVA, IPTU, reinício dos trabalhos legislativos, dentre outros. De todos eles o mais badalado é o da enchente do rio acre e seus contratempos. Este mostra o "lado benevolente de toda a estrutura do Estado" e ainda rende votos. Ou seja, é mais fácil decretar estado de emergência e fazer compras sem licitação do que combater o problema em sua raiz.

É mais cômodo e politicamente favorável mobilizar toda a estrutura da máquina e voluntários da sociedade civil para garantir num único pacote: assistência médica, salas de leitura, lazer, jogos, inúmeras refeições durante o dia; doações de bens e outros serviços do que dar um basta nesta dinâmica. Onde está um plano de governo em longo prazo para reduzir a zero os moradores das áreas de risco?
É claro que estamos falando de uma herança maldita que se arrasta anos a fio e nenhum administrador e nem um partido encarou. Todos conhecem as causas e até ensaiam uma mudança, mas as providências caminham a passos de tartaruga.
E pior, às margens dos rios, dos igarapés e dos esgotos ainda ocorrem ocupações de moradias irregulares que continuam a desafiar o poder público. “Existe uma covardia” de encarar a “indústria do mercado imobiliário” que nunca reduz o déficit de moradias. 
No entanto, enquanto milhares de pessoas aguardam as casas populares que são entregues em pequenos lotes mal construídas, outros já colocam à venda ou para locação suas casas conforme denunciado ano a ano nos meios de comunicação e ciclo volta novamente. O retorno pra área que havia sido removida. Onde está o poder do Estado? 
Enfim, se os administradores do PT saíssem do poder ao final do ano de 2014, qual teria sido a contribuição dada em 16 anos para reduzir drasticamente as moradias irregulares às margens do rio ou das áreas inundáveis? Se disserem que fizeram muito, apresentem em percentuais quanto ao número absoluto de vítimas. Que tal?
O que não dá é esse vai e vem de famílias ano a ano sem vislumbrar uma esperança de novo horizonte. Da maneira como sempre vem sendo feito, traz sempre desgastes das pessoas; perdas materiais e o transtorno de estar fora do lar com retorno incerto para suas casas.
Precisamos lutar pela dignidade de toda população vítima das enchentes e que a cada um seja garantido o direito a moradia segura e não tão somente ações imediatistas para dar um agrado temporário e no ano seguinte padeçam do mesmo castigo. MORADIA DIGNA JÁ PARA OS SEM TETO E OS MORADORES DE ÁREA DE RISCO!

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