CORRESPONDÊNCIA ENCAMINHADA À CRUZ VERMELHA PEDINDO AJUDA PARA OS RIBEIRINHOS BRASILEIROS QUE VIVEM NA FAIXA DE FRONTEIRA DA BOLÍVIA
BOM DIA!
Meu nome é Cleilton Pessoa Amaral, Coordenador de uma Rede de Voluntários do Acre, indicado o contato pela CVV ABOLIÇÃO e estou numa corrente juntamente com a sociedade civil organizada em prol do Acre. Por ser natural da cidade mais atingida pela alagação - Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, estou com os esforços concentrados em doações para estas localidades. Em todo caso, gostaria de me colocar a disposição de vocês e agradece-los pelo estado de São Paulo ter se incorporado em nosso auxílio. Posso fornece-los informações detalhadas, já que estive pessoalmente nos abrigos, nas áreas destruídas e acompanhando o dia a dia da prefeitura e o drama da população que perdeu casa e pertences.
Na ocasião, sabendo que a Cruz Vermelha é uma entidade sem fronteiras, gostaria de alertar sobre a necessidade de um acompanhamento especial aos "brasivianos" (brasileiros que ainda moram na faixa de fronteira da Bolívia), especialmente os ribeirinhos que ficarão fora das linhas de crédito para os desabrigados e auxílio do governo brasileiro com algumas isenções e até anistia para agricultores. Alguém precisa fazer um levantamento desse povo. Afinal a agricultura de subsistência (típica da Amazônia) e animais de pequeno porte e até a vaquinha leiteira entre 01 a 03 que o produtos tinha, tudo foi destruído. E qualque ajuda para este povo, precisa de uma assistência prolongada, inclusive para os ribeirinhos do lado brasileiro, pois a cultura mais proxima para cultivar será por volta de abril ou maio com o plantio de culturas de rama nas praias (sedimentos do rio acre depositados), tais como: melancia, beringela, quiabo e outras. Com a espera de mais 3 meses pelos frutos para vender, será muita penúria que esse povo vai passar. Na cidade, embora algumas centenas tenham perdido seus pertences, muitos tem emprego e com o auxílio governamental e mais seus soldos mensais podem ir se alimentando normalmente. Mas, e o que dizer de quem depende só do que planta para vender e seus depósitos de milho, arroz, feijão e outros cereiais destruídos pela alagação? Minha preocupação maior ainda é com os "brasivianos" que ficam desamparados. E eles são nossos irmãos brasileiros que com todas as retaliações do governo boliviano ainda resistem e moram na faixa de 50 km da fronteira. Se puderem fazer alguma coisa, agradeço. um abraço.
Prof. Cleilton
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